... Rua



Caminha só, enquanto tudo o que mais queria
era poder caminhar com ele mesmo por um dia.
Cala a voz,  guarda o amor.

Segue,
pensando no quanto
e em como seria tudo,
sem querer desistir.

No seu caminho, cada rosto é estranho,
A rua é sempre um deserto
quando se ama e o amor mora tão longe
e tão dentro de nós.


Sinto-me fora do meu próprio mundo,
num anseio crescente, tão individual,
Irremediável!

Repensa...

Trabalha a leveza de sua alma sem carregar
com pesar a sua existência.

Perde-se em pensamentos
sem perceber o movimento do tempo.

Vai,
caminha olhando além da sua rua,
Cruza a esquina, engana o seu desejo
de fitar àquele olhar de perto,
tenta se encantar com a solidão sua e da lua.
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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/12/2016
Reeditado em 18/12/2016
Código do texto: T5856344
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