O padre passa solteiro
E as moças suspiram,
Amém...
Ai de quem cometer esse pecado,
Vai morrer ao lado do diabo
Com a língua insana entre os dentes.
Os sinos não tocam
Mas as mulheres nuas querem tocar.
Entre seus seios escorre o desejo
Do beijo bendito e maldito.
O padre caminha na escuridão,
Passando a mão entre os muros escuros,
Pensando no porque daquela solidão,
Será que a mão de Deus
Perdeu-se no adeus?
Ah, tempo miserável dos pecados!
Nenhuma alma se salvará...
A luz do dia se apagará
Para que se consuma o fogo,
A sedução, a rendição do bem,
As coxas sobrepostas umas sobre as outras,
O delírio de vozes silenciosas
Circulando nos castos ouvidos do padre.
E antes que se faça tarde,
Com as mãos erguidas
Agradece pela morte
E pela vida,
E se despe aos olhos da eternidade.
Mário Sérgio de Souza Andrade – 17-12-2016
E as moças suspiram,
Amém...
Ai de quem cometer esse pecado,
Vai morrer ao lado do diabo
Com a língua insana entre os dentes.
Os sinos não tocam
Mas as mulheres nuas querem tocar.
Entre seus seios escorre o desejo
Do beijo bendito e maldito.
O padre caminha na escuridão,
Passando a mão entre os muros escuros,
Pensando no porque daquela solidão,
Será que a mão de Deus
Perdeu-se no adeus?
Ah, tempo miserável dos pecados!
Nenhuma alma se salvará...
A luz do dia se apagará
Para que se consuma o fogo,
A sedução, a rendição do bem,
As coxas sobrepostas umas sobre as outras,
O delírio de vozes silenciosas
Circulando nos castos ouvidos do padre.
E antes que se faça tarde,
Com as mãos erguidas
Agradece pela morte
E pela vida,
E se despe aos olhos da eternidade.
Mário Sérgio de Souza Andrade – 17-12-2016