O SINO DA ESCOLA

Bate o sino sem campanário ou catedral

Marcando o início das aulas fantásticas.

Ali é grandiosa escola da vida para a vida:

Orientando, ensinando, administrando vidas.

Algumas com alegrias outras com mais tristezas,

Aquelas nem lá nem cá, mas que, certamente, vão

Compondo a trama, o desenho diário da pele

Que veste o corpo tão bem ou nem tanto assim.

Passa o lanche, o almoço, o ciclo, bate o sino, de novo,

Anunciando: é hora do recreio, recreio este que será sempre

A metáfora da vida além dos muros e da idade. Quando adultos,

Só trocamos o recreio por outros prazeres de 20 minutos.

Crianças, tantas correm, correm à liberdade,

Correm a caçada da felicidade sem compromisso, correm

Para a inocência de ser, sem, de fato, compreenderem ainda a profundidade disto,

Esta é a leveza da infância. Alegria divina: um ralado, um machucado, mas passa,

Tudo passa, cura rápido. Ora! Acordem! Assim é a vida lá fora.

Bate apressado o sino sem campanário ou catedral, pois acabou o recreio,

Acabou o recreio, por enquanto. A vida orgulhosa sorri para nós, lá fora,

Vamos embora, amanhã Deus há de abençoar, que depois que o sino tocar,

Nós nos veremos novamente entre tanta gente.

Maravilhosa gente! Antes de o derradeiro sinal soar.