Que rei sou eu?!
houve um ruído
no balançar da palmeira,
tão delicado
que me pareceu com a sua voz.
mas onde estão os seus dedos?
o seu cheiro?
a sua língua?
é inútil essa lamentação.
com certeza
foi um sopro de vento tão mimoso
que já não tenho esperança
de quase nada.
ainda assim,
como um sonho deslumbrante
espero...
como quem renasce das cinzas