CILINDRO DE UM CORAÇÃO
A primeira bola batida
a peteca jogada para o ar
aquele largo sorriso da vida,
aconchego de colo...
Meigo e doce mar,
pai... Símbolo da alegria
esteio de um simples lar.
Broncas dadas por amor
para um dia ser, exemplar
_ Menino... Não fala isso!
Olhe meu filho, venha cá...
Um dia você vai crescer
não faça minha lagrima chorar.
_ Agora velho e avô...
Teu filho já é pai
tu, ficas apenas a olhar...
Brincadeiras, carreiras... Não!
Nunca mais.
Em seu canto com encanto
você rir pelos caminhos das recordações
e com seus passos fracos
vê seus sonhos todos ali
pulando amarelinho com seu filho
saltando as cordas da sua paixão,
agora pai...
Vê tudo como se fosse um cilindro,
espremendo o seu frágil coração.
Antonio Montes