Da Guardiã
Meu bom dia,
guardiã
do solitário chão!
Eu, dono do dia?
Não!
Cúmplice da manhã.
Numa vontade
vã
de ser,
também,
o irmão
(na terra da solidão)
do seu verde,
irmã.
Como único filho
da arada
barriga,
sou o fruto,
amiga,
num vermelho
exílio
esperando o milho
preencher
a espiga...
amarelo
que diga :
verde palha,
sou filho!
Torre Três
12-12-2016