BARBELITH
É um caminho muito longo, tão longo que não sei
se há-de ser recto ou curvo,
é uma estrada feita de muros,
morros intransponíveis,
entulho,
tábuas de perdição,
mãos que nascem do chão,
sem dedos,
querem agarrar e apenas
mordem.
Um caminho de fendas
negras,
a cada solavanco apressam
as pernas,
relâmpagos que congelam
os braços
em transe
num intransigente sentido,
rumo
à revelação.
Um caminho longo
feito de passos,
espera,
travão,
talhado
inventado
num vulcão.
E há outro caminho,
mais límpido e subterrâneo,
que nos cola, irredutíveis,
ao primeiro chão,
que diz:
atrás da Lua
há uma placenta
vermelha e complacente,
alimentando as histórias,
a imaginação.
É um caminho muito longo, tão longo que não sei
se há-de ser recto ou curvo,
é uma estrada feita de muros,
morros intransponíveis,
entulho,
tábuas de perdição,
mãos que nascem do chão,
sem dedos,
querem agarrar e apenas
mordem.
Um caminho de fendas
negras,
a cada solavanco apressam
as pernas,
relâmpagos que congelam
os braços
em transe
num intransigente sentido,
rumo
à revelação.
Um caminho longo
feito de passos,
espera,
travão,
talhado
inventado
num vulcão.
E há outro caminho,
mais límpido e subterrâneo,
que nos cola, irredutíveis,
ao primeiro chão,
que diz:
atrás da Lua
há uma placenta
vermelha e complacente,
alimentando as histórias,
a imaginação.