Nesta terra maltratada
Sob os sóis dos confins,
O derradeiro suspiro da flor
(que não morreu por amor)
Nesta terra castigada
Ser homem não é nada.
Contam-se apenas os músculos
E o severo cabo de uma enxada.
No amarelado riso seco
Quando na sombra abençoada,
Os pensamentos escoam
Sobre o suor da pele surrada.
Não se perdem sonhos,
Pois o sonho não existe,
O despertar é amargo e triste.
O céu é preto no branco
E o chão é terra rachada,
A ilusão é crer
No fruto da semente plantada.
É então que os ossos
Se encontram com o coração.
E no silêncio da noite,
Os dois morrem,
Mais nada.
Mário Sérgio de Souza Andrade - 09-12-2016
(imagem Aldair Dantas)
Sob os sóis dos confins,
O derradeiro suspiro da flor
(que não morreu por amor)
Nesta terra castigada
Ser homem não é nada.
Contam-se apenas os músculos
E o severo cabo de uma enxada.
No amarelado riso seco
Quando na sombra abençoada,
Os pensamentos escoam
Sobre o suor da pele surrada.
Não se perdem sonhos,
Pois o sonho não existe,
O despertar é amargo e triste.
O céu é preto no branco
E o chão é terra rachada,
A ilusão é crer
No fruto da semente plantada.
É então que os ossos
Se encontram com o coração.
E no silêncio da noite,
Os dois morrem,
Mais nada.
Mário Sérgio de Souza Andrade - 09-12-2016
(imagem Aldair Dantas)