ADJUNTO ADVERBIAL
Oi tudo bem?
Essa é a saudação coloquial
Tudo bem ...se diz à pressa,
Sabendo que ta tudo anormal,
O cartão de crédito fala,
Eu vou vencer dia tal...
Depois dessa despesa,
Vem também a prestação,
Carro,água,luz e condomínio,
Junto com toda aflição,
Esse é o preço que paga,
Por amor a ostentação.
Oi tudo bem?
Se continua a perguntar,
Como vão as coisas por ai?
Tem ido ver o luar?
Minha mente já nem sabe,
Em que estação ela está.
Essa vida tão moderna,
Me fez uma pergunta indiscreta,
Se sou verbo ou substantivo.
Pois no meu coração peregrino,
De homem ou de menino,
Me esqueci de lhe falar.
De manhã abro a torneira,
Um bom banho eu vou tomar,
Mais a tal água que pago,
Fica no meu bairro a faltar.
Foi um tubo que estourou,
Num bairro nobre do lugar.
Na noite queda de energia,
Não me deixa estudar,
Vou buscar o lampião,
Que no lixo ia jogar,
Quando o progresso chegou,
Aqui nesse lugar.
Lembrando da vovó que disse,
Quem guarda um dia tem,
Eu guardei o lampião,
O querosene também.
Mesmo pagando energia,
É ele que me faz bem.
Quando à rua saio as compras,
Fico de olhos abertos,
Já nem sei em quem confio,
Se na polícia ou no torto,
Hoje os direitos iguais,
Faz a gente olhar o bolso.
Propagandas de políticos,
Promessas de sintonia,
Canal aberto de graça,
Festa quase todo dia,
Só não tem a segurança,
Pra por ordem na folia.
Estudar para direito,
Virou quase obsessão,
A honestidade fica,
De fora na contra mão.
Ninguém confia em jurista,
É sinônimo de ladrão.
O doutor da medicina,
Quase já viraram hacker,
Pra passar uma receita,
É que nem pulo de gato,
Não confia em si mesmo,
Consulta o google no ato.
Mais existe gente honesta,
Que trabalha pra valer,
De manhã, de tarde à noite,
Sua façanha é o saber,
Ensina a escrever com gosto,
A contar e conhecer.
Esse mero cidadão,
Não tem tanto valor,
Transpira suor do rosto,
Es tu ó professor,
Que desperta a mente sabia,
Do alfabeto ao amor.
Arthur Marques de Lima Silva
09/12/2016
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