Fábricas de Versos
Escárnio do caminho entre alvos e canhões,
Escamando os verbos sujos da minha alma.
Tenho versos presos nos tetos dos porões,
Morcegos, cegos do dia e videntes da noite.
O abissal fascínio do abismo sem paredes,
Cativa as emoções que esgoto em poemas.
Sátiras em fúrias líricas, sementes de sedes,
Gestionam as estéreis fábricas de ferrugens.