Fábricas de Versos

Escárnio do caminho entre alvos e canhões,

Escamando os verbos sujos da minha alma.

Tenho versos presos nos tetos dos porões,

Morcegos, cegos do dia e videntes da noite.

O abissal fascínio do abismo sem paredes,

Cativa as emoções que esgoto em poemas.

Sátiras em fúrias líricas, sementes de sedes,

Gestionam as estéreis fábricas de ferrugens.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 09/12/2016
Reeditado em 09/12/2016
Código do texto: T5848470
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