A procura
A procura
Uma luva seca meu contato,
que de susto acordo em suas tranças.
Uma treva sóbria no meu quarto,
quem é, quem foi esta lembrança?
Sabes que tenho frutos sagrados,
da árvore que enfiastes em meu peito.
Pensando ser um mero acaso,
um desvio, um fim, um começo.
Faço-me grande, não assumo meu querer,
desde então escondo atrás dos dias.
Mas quando me aperta as raízes de você,
destroço o choro cuspindo a poesia.
Assim me calo , na sombra o suspiro,
nasce uma esperança assustando esperar.
E a cidade quase pega o meu giro,
a cada esquina quase posso te tocar.