SOMBRAS
Sinto-me preso
Em cárcere privado
Com medo da morte
Porém condenado
A não ter quem eu amo
A não ser mais o dono
De mim mesmo.
Eu só vejo o sol
Através da janela
Lá fora a vida
Parece tão bela
E eu aqui dentro
Entre quatro paredes
Vendo a vida passar
Sem ter como acompanhar
Pois este é o preço, que a vida.
Condenou-me a pagar
Pela ingenuidade de acreditar
No ser humano....
Neste momento confesso
Que já não tenho controle
Sobre minha mente e meu corpo
Tem noites em que vou dormir
Pedindo pra amanhecer morto.
Pois onde as sombras imperam
A morbidez se traduz
Em sombras do isolamento
Que fazem com quem meus olhos
Não enxerguem a luz