O vento que roça
 
A primavera cruza entre flores
Todos os sonhos que não sonhei
Sinto o gosto que desliza sagrado
No vento que roça em meu corpo
Vicioso de todos os desejos ausentes
Necessito da sua boca na voz da canção
Para aquecer meu desejo livre 
Feito vielas desoladas em caminhos
Num croqui rabiscado à toa

Formando fios na dilação do tempo
Sugerindo o canto profano do dia
Ouço junto de mim a suave brisa
No encanto a plissar minha solitude
Existe algo mais plausível que a desilusão
Sigo a suavidade da alma sem procelas
Para plantar no mar o vício da esperança
Tatuei um sonho em versos livres
Eram riscos cegos na escuridão do céu
O meu desejo escorre na lágrima 
Que fortalece o encanto pleno da vida
E o corpo deita na cama nua
Para abraçar em etapas

O prazer nos desejos em oração
Como os poetas que cantam
Na noite o culto ao amor





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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 07/12/2016
Reeditado em 26/07/2019
Código do texto: T5846002
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