Estátua Urbana
Do bloco de pedra ficou o rosto em granito,
Fixou no meio da praça, ao relento do grito,
Estátua de olhar perdido, no finito explodido,
Cãibra na inércia, jazida em jazigo esculpido.
Marca urbana de vida, vestida sem mortalha,
Testemunha da miséria acampada e solitária,
Indiferente à fome aquecida entre marquises,
Escuta os gemidos dos bruxos vivos, infelizes.