LOUCURA SÃ
Sinto que minha alma
Tenta não se afogar
Em minha própria carne
Que de ressaca estar.
O medo floresce e eu ando a tento
Pois a minha volta é só inimigo que vejo
Eu desconfio da minha própria sombra
Eu tenho medo de ser traído por um beijo
Tenho travado uma batalha inglória
Que temo no fim não conseguir vencer
Essa batalha travo dentro de mim
Entre o que sou e o que finjo ser
Já não consigo olhar para os meus fantasmas
Acovardados e amedrontados num canto
E quem dizia ser meu anjo da guarda
É na verdade um demônio disfarçado de santo.
Minha loucura é sã
Insana é minha lucidez
Tomo com afinco tudo que for sabedoria
E vomito aquilo que for estupidez