Versos Mascarados
Na vastidão silente da noite,
A pena cria versos como açoite,
Falta rima aos dedos febris...
Na folha o retrato da insana alma,
A triste face de alguém que clama,
Saudades d'um tempo feliz!
Os versos discorrem em desvario,
Um presente de dor, um calvário
Fervilhando grande emoção...
Beleza não há nos rudes versos,
Então, apara-se os traços perversos;
Maquia-se a dor do coração...