violão

lua

a relva bela

a moça

de vestido bonito

a vida fluindo entre

os dedos dos acontecimentos

sonho novo

vida no corpo,

teu abraço me falando

o coração dizendo

eu sou

silencio

nessa noite calma

o ventre compreendido

a festa

face

chutar o pau da barraca

lixar a céu aberto

um certo tipo de dicionário.

romper

rasgar,

deixar a coisa feita

dada,

silenciosamente

ouvir com atenção

não arredar o pé de caminhar

vozes

vultos,

clarões que anuncia outros dias

portas que se abrem

no coração das coisas, porta

que se abre na pele das trepadeiras

que se...

olhar a noite

e ter prazer no seu deleite

clarão onde se planta

os amanhãs, rios de mãos

navengando

nos desfiladeiros vitais,

os vitrais refletem a face

de quem os toma por imagens,

o coração calejado

não mais reclama do volume

das águas, respira-se mais aliviado

vozes,

fluidos, agudos,

girassois de tantos mundos,

amarelo,

eu te quero

outros rostos nos ultrapassa

em suas agonias, quem sabe

escorregamos no mesmo fosso?

nada

ente,

tudo,

somente

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 06/12/2016
Código do texto: T5844974
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