violão
lua
a relva bela
a moça
de vestido bonito
a vida fluindo entre
os dedos dos acontecimentos
sonho novo
vida no corpo,
teu abraço me falando
o coração dizendo
eu sou
silencio
nessa noite calma
o ventre compreendido
a festa
face
chutar o pau da barraca
lixar a céu aberto
um certo tipo de dicionário.
romper
rasgar,
deixar a coisa feita
dada,
silenciosamente
ouvir com atenção
não arredar o pé de caminhar
vozes
vultos,
clarões que anuncia outros dias
portas que se abrem
no coração das coisas, porta
que se abre na pele das trepadeiras
que se...
olhar a noite
e ter prazer no seu deleite
clarão onde se planta
os amanhãs, rios de mãos
navengando
nos desfiladeiros vitais,
os vitrais refletem a face
de quem os toma por imagens,
o coração calejado
não mais reclama do volume
das águas, respira-se mais aliviado
vozes,
fluidos, agudos,
girassois de tantos mundos,
amarelo,
eu te quero
outros rostos nos ultrapassa
em suas agonias, quem sabe
escorregamos no mesmo fosso?
nada
ente,
tudo,
somente