GÓLGOTA

Suaves brumas respingando à relva,

E o cansaço terno às suas costas carregava,

Tropeçando nas pedras da íngreme estrada,

Ele levava nossos pecados à alma.

E quando já todo humilhado,

E soldados com sorrisos debochados,

Não sabiam que àquele a quem matavam,

Já havia perdoado seus pecados.

E chegando ao lugar da caveira,

Um buraco grande foste cavado,

Para ali matarem o cordeiro,

Do qual o mundo ele tem salvado.

Ó míseros fariseus desalmados,

Que um cordeiro manso a um só abata,

Mais curvam-se diante de poderosos,

Que rouba- corrompe e que mata.

Mata a sociedade

Que nada tem de alternativa,

Te impõe regras absolutas e nativas,

Criando em ti uma perspectiva,

De uma mísera e estúpida vida.

Ó gólgota campo da caveira,

Que presencias vanguarda uma teia,

De abutres-corvos e trincheiras,

Por lá ter deitado à morte,

O primeiro da primeira ceia.

Enquanto ainda mortos mesmo que vivos,

Tentando dar um jeito na sociedade alternativa,

Lá dos céus seus olhos e sorrisos brilham,

Por rogarmos em orações e louvores,

Seguirmos pela mesma trilha.

E correndo de um lado pro outro,

Ficamos extasiados- bobos,

Sem entender nada ao redor,

Se somos o caçador ou a presa,

Oramos em sua presença ó realiza,

Não deixe faltar o nosso pão à mesa.

Nós o matamos todos os dias,

Nas veredas – ruas golgotianas,

Pois está nos pensamentos

Os pecados-a ambição – a vingança.

E rogamos mediante ao teu semblante,

Por nossas tristezas e gemidos,

Nunca esqueçais de nós,

Ó nosso SENHOR JESUS CRISTO.

Arthur Marques de Lima Silva

05/12/2016

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ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 06/12/2016
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