Feridas
Feridas dúbias,
De quem nada entende,
De quem joga pedras,
De quem mata sonhos,
De quem nada compreende.
De um filho que abandona o pai,
De um pai, que abandona um filho,
De um tutor,
Que abandona a criança,
E na sua vaidade,
Lhe rouba a esperança.
Feridas incertas,
Que marcam a alma,
Que deixam cicatrizes,
Que tiram a calma.
Feridas,
Que dão cor à nostalgia,
Que tem um ar de Duquesa,
Uma dor que eu não conhecia.
Apenas feridas.