Tortura

Tortura

Contorce-se amarrada, amordaçada

Seu algoz sádico tão sorridente

A cada grito, uma gargalhada

A cada lágrima, uma dor estridente

Farpas em unhas arrancadas

Sangue escorre copiosamente

Percebe-se ferida e mutilada

Nas mãos dum maníaco doente

Partes pouco a pouco cortadas

Olhos perfurados vagarosamente

Tamanha crueldade requintada

Dos delírios de um demente

Sob o jugo desta alma perturbada

Falha a orar candidamente

Brada seu ódio à pessoa amaldiçoada

Urra de dor inutilmente

Desfalece enfim lancinada

A morte aproxima-se finalmente

Água gelada lhe faz acordada

E a tortura começa novamente

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 05/12/2016
Código do texto: T5843941
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