PAPO DE BOTEQUIM
Nas esquinas de qualquer rua, de qualquer cidade,
Há sempre um bar, um botequim,
Ali passamos horas, são papos que não tem fim,
Contamos e também escutamos histórias,
Falsas ou verdadeiras são memórias de botequim.
Entre um gole e outro de nossa sublime cachaça,
E brindes ao amor e a mulher, a política e ao futebol,
Ao amargo sabor da nossa predileta nacional,
Com espuma ou sem espuma,
A Vera Verão sempre cumpre seu ritual.
Não há ricos nem pobres, a tristeza vai embora,
No bar não tem hora pra sair, a noite é uma eterna criança,
São papos descontraídos, deliciosos petiscos são consumidos,
São incontáveis piadas que elevam o grau da alegria,
São constantes as ilusões e desilusões que o amor os propicia.
São todos irmãos, dividindo emoções,
E dúvidas seu Manoel tem sempre a solução,
Que as doces Marias sempre saibam perdoar,
Um violão, um batuque, um samba, tudo é alegria,
É tudo papo de bar, papo de botequim.