Gosto se sentir a poesia saindo da carne.
Sentir doer o verbo,
As palavras rasgando as vísceras,
A poesia como ela é,
Nem feliz, nem triste,
Momento.
E essa dor estreita e nua
Fere a íris e o encanto,
O poeta cego e quieto.
A minha sombra torta
Reflete o esqueleto doente
Nas paredes regadas de fungos.
Se houvesse uma flor
Que pudesse definir este sentimento,
Com certeza morreria com a brisa
Que inventa o vento.
O poema quadrado.
Escancarada dentadura feliz.
A alma nua que não me serve
A vestir-me por inteiro.
As unhas que riscam as linhas
Compondo versos em sangue.
Homem e mulher dividindo costelas,
Minutos escorrem por lâminas de areia,
O tempo mastiga as minhas entranhas.
Mário Sérgio de Souza Andrade – 03-12-2016
Sentir doer o verbo,
As palavras rasgando as vísceras,
A poesia como ela é,
Nem feliz, nem triste,
Momento.
E essa dor estreita e nua
Fere a íris e o encanto,
O poeta cego e quieto.
A minha sombra torta
Reflete o esqueleto doente
Nas paredes regadas de fungos.
Se houvesse uma flor
Que pudesse definir este sentimento,
Com certeza morreria com a brisa
Que inventa o vento.
O poema quadrado.
Escancarada dentadura feliz.
A alma nua que não me serve
A vestir-me por inteiro.
As unhas que riscam as linhas
Compondo versos em sangue.
Homem e mulher dividindo costelas,
Minutos escorrem por lâminas de areia,
O tempo mastiga as minhas entranhas.
Mário Sérgio de Souza Andrade – 03-12-2016