Caminho novo

Eu, um grande desordeiro,

que sempre vagou incerto.

Ela, uma grande dançarina,

que, preciosa, se fez deusa.

Quem me acolhe nesse lodaçal?

ela, com um fulminante amor.

Sempre a quis,

desde sempre!

Me joguei no mundo,

fui pai e mãe,

fui deserdado do meu pedestal.

Ainda choro minhas perdas,

mas guardo cada passo que dei,

acolho-os com ternura.

Eu, um reles mortal,

encantado por um diamante lapidado.

Vou caminhar por esse mundo novo,

lá fora haverá luta

aqui dentro, paz!