vasta

o terror desabrocha

na nudez das coisas,

na crueza de suas formas

vasto muro que se prende

a alma, onde estou, que

rumo tomar a essa hora do sonho,

tomei goles exagerados

de vida, acordei templos e forasteiros

dei o passo maior que a perna, tomado

pelo fogo das profundezas, o mal respira

nesse medo. acendo os olhos do coração,

acendo a vontade, sendo tudo que move

que comove, acendo a pele que me guarda,

acendo o sono, nesse ponto sou vastidão,

beirando o nada, gozo e silêncio, ternura

e sofrimento, que nome dar a entes que

não dança ao som do próprio nome?, me

lembro da escola, da criança, da inocência

ainda não consumida, dou a ele minha presença

esse fogo que alucina, o gosto do rio vivo, das

luzes, das corredeiras, das imensas claridades

de quem não pensa,

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 02/12/2016
Código do texto: T5841280
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