vasta
o terror desabrocha
na nudez das coisas,
na crueza de suas formas
vasto muro que se prende
a alma, onde estou, que
rumo tomar a essa hora do sonho,
tomei goles exagerados
de vida, acordei templos e forasteiros
dei o passo maior que a perna, tomado
pelo fogo das profundezas, o mal respira
nesse medo. acendo os olhos do coração,
acendo a vontade, sendo tudo que move
que comove, acendo a pele que me guarda,
acendo o sono, nesse ponto sou vastidão,
beirando o nada, gozo e silêncio, ternura
e sofrimento, que nome dar a entes que
não dança ao som do próprio nome?, me
lembro da escola, da criança, da inocência
ainda não consumida, dou a ele minha presença
esse fogo que alucina, o gosto do rio vivo, das
luzes, das corredeiras, das imensas claridades
de quem não pensa,