SER

Eu falo uma língua universal

— a do vento;

E o meu coração é feito de sal

— sentimento.

Com os meus olhos opero única vida

— mútua;

E o que faço dela ninguém acredita

— busco-a!

Não nego e nem digo, mas sou poeta

menor;

E ser o que sou é quase um martírio

— uma dor!

Trago em meu peito uma grande

esperança;

Pois acredito no amor como uma

criança.

No amor que transforma, que regenera

a alma;

No amor messiânico que cura,

que salva!