O DESERTO DOS TÁRTAROS
Vejo ao longe a Fortaleza
na orla do planalto
plantada,
vejo as muralhas e os fortins,
imagino pátios desertos
redutos, penumbra,
uma nesga de luz
que passa numa seteira,
o render de sentinelas
num revelim.
E agora estou aqui
na Fortaleza
onde o tempo não passa
não foge
não nos mata
e a vida é a
cadência dos passos
na neve
de soldados que se rendem
uns aos outros
ao som de fanfarras
e nitridos de cavalos
chamando os Tártaros
além do deserto.
Agora a vida é
uma obstinada ilusão
de poder vencer o tempo,
conquistar o deserto,
os Tártaros,
a Fortaleza,
o vale pedregoso,
a topografia dos redutos,
o esquecimento do teu
sorriso
nas alamedas românticas
inundadas do sol.
Vejo ao longe a Fortaleza
na orla do planalto
plantada,
vejo as muralhas e os fortins,
imagino pátios desertos
redutos, penumbra,
uma nesga de luz
que passa numa seteira,
o render de sentinelas
num revelim.
E agora estou aqui
na Fortaleza
onde o tempo não passa
não foge
não nos mata
e a vida é a
cadência dos passos
na neve
de soldados que se rendem
uns aos outros
ao som de fanfarras
e nitridos de cavalos
chamando os Tártaros
além do deserto.
Agora a vida é
uma obstinada ilusão
de poder vencer o tempo,
conquistar o deserto,
os Tártaros,
a Fortaleza,
o vale pedregoso,
a topografia dos redutos,
o esquecimento do teu
sorriso
nas alamedas românticas
inundadas do sol.