ASAS DE UM POEMA
Um poema do passado
por uma pena sem pena, arrancada
com tinta melada e folhas rabiscadas.
Passam a voar pelo ar
pelas bocas, faladas mãos gesticuladas
e lagrimas molhada a debruçar.
Citam... Atos desenfreados
amores rabiscados e saudades
que no tempo deixou de gargalhar.
Fala de um tempo de jogo, registro feliz
amargo de um povo, predicados passados
ou feitos, feitos, fincados em passos dados.
Um poema do passado, desenhado
por bicos de pena condenado
rascunho de um sentimento no tempo feito.
Apenas um surreal de um acordado sonho
mundo passado atos medonho
caminhar pelo caminho, pensamentos desfeito.
Vamos! Vamos! Vamos caminhar pelos sentimentos, tudo, tudo! Não passa de construções planejadas.
Avia! Avia! Que o tempo ainda é tempo
o mundo gira e a vida não pode ficar por ai
sem nada em uma esquina qualquer, com lagrimas paradas.
Antonio Montes