ASAS DE UM POEMA

Um poema do passado

por uma pena sem pena, arrancada

com tinta melada e folhas rabiscadas.

Passam a voar pelo ar

pelas bocas, faladas mãos gesticuladas

e lagrimas molhada a debruçar.

Citam... Atos desenfreados

amores rabiscados e saudades

que no tempo deixou de gargalhar.

Fala de um tempo de jogo, registro feliz

amargo de um povo, predicados passados

ou feitos, feitos, fincados em passos dados.

Um poema do passado, desenhado

por bicos de pena condenado

rascunho de um sentimento no tempo feito.

Apenas um surreal de um acordado sonho

mundo passado atos medonho

caminhar pelo caminho, pensamentos desfeito.

Vamos! Vamos! Vamos caminhar pelos sentimentos, tudo, tudo! Não passa de construções planejadas.

Avia! Avia! Que o tempo ainda é tempo

o mundo gira e a vida não pode ficar por ai

sem nada em uma esquina qualquer, com lagrimas paradas.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 30/11/2016
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