DESAMOR
perdemos nesses caminhos
da vida pelo desamor
que impera
pela mão que não se estende
pela negação de si
encontrou teu pouso tão esperado
deitou e adormeceu
nas águas serenas
ao som das gaivotas a nos ninar
Triste sina daquele que é verdadeiro
e não encontra pouso nesse
misero e ingrato mundo
onde até o amor é rejeitado
De mãos unidas, rostos dilacerados
navegamos a deriva
não importa mais o rosto
o luto
pois somos a morte adormecida
nos mares da vida
renegada
pisada
dolorida
esquecida
unidos sempre e para sempre
continuaremos a navegar
outros mares
em busca do verdadeiro amor
onde existe o compartilhar
a mão que afaga
o beijo suave na face amada
o se doar sem medo
o amar sem preconceito
sendo
apenas amor
nada alem de amor
e ai viveremos
navegando os sete mares
da vida
um olhar
um corpo
unas seremos
eternamente
unas.
zelisa camargo
15.06.04