Vamos brincar aos poetas

Perdoa-me
o mal que te faço
pelo bem que me sabes.
Durmo vinte horas por dia
para que te vingues de mim
em sonho.
Brinca comigo, é a sério
serei secreta, invisível,
eu espampanante,
tu taciturno,
melancólico.
Conta-me do azul,
se é escuro ou claro,
dos olhos que o sol
me impediu de ver,
encadeada que estava
pela boca,
mistério maior.
Prometo rir
da pistola
encostada à têmpora
com carinho
de madrugada
e vou cumprir
desamparada
aquela paz precária.

 

 
AnaMarques
Enviado por AnaMarques em 29/11/2016
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