TEMPO DO VERSO

Em cada verso que escrevo

não conto o tempo de minha poesia

nem conto cada instante

do que lhe flui de seiva inspirada.

Não quero o tempo

que sobra no vazio dos meus versos

porque é apenas um meio-tempo

de fragmentos do que em breve

porvir será alguma poesia.

Não sinto o tempo do verso

que pulsa no silêncio de sua moradia

porque a pressa dele emergir

depende do que me motiva a inspiração.

Prefiro me ocupar

com o tempo de sono dos meus versos

onde repouso em teus recantos oníricos

sentindo deleite na lentidão do tempo.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 29/11/2016
Reeditado em 30/09/2017
Código do texto: T5838212
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