CEM ANOS DE SAMBA

Quanto tempo de samba,

Quem não gosta de samba bom sujeito não é,

Já dizia Dorival Caymmi,

Pelo telefone Donga chama Tia Ciata,

Nascida em Santo Amaro da Purificação,

E em Pedra do Sal, se fez o sambão,

E chamou Candeia, João da Baiana e Pixinguinha,

E assim nasceu o samba, só de bambas.

Não esqueçamos de Sinhô e Donga,

Paulinho da Viola e sua consagrada viola,

E a festa interminável continuou,

Foi pra São Paulo, conheceu Adoniram Barbosa,

Que se juntou aos Demônios da Garoa,

E hoje os novos sambista, nova geração do samba, toda garbosa,

Não deixam os Fundos de Quintais sem cantar,

Ao som do Martinho da Vila, todos da terra de Noel vão sambar.

Falando da Vila, Luiz Carlos, a voz do samba,

E Dona Ivone Lara, com seu ialará,

Aí vem Monarco com sua autoridade,

Junto com Nelson do Cavaquinho,

Os mestres do samba de raiz,

Ao som da bateria do Mestre Marçal,

Neguinho da Beija-Flor canta um samba enredo,

Homenageando nosso saudoso Zé Keti.

Zeca Pagodinho faz dueto com Jorge Aragão,

Aguenta coração, o samba vai esquentar,

Beth Carvalho, nossa madrinha chega pra sambar,

Instiga o Fundo de Quintal a cantar sambas de quintal,

Quem nunca ouviu o piano de Benito de Paula,

Tocando sambas de Nei Lopes e Noca da Portela,

Quanta emoção! São Cem Anos de Samba,

Viva o Brasil, terra de gente bamba.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 27/11/2016
Reeditado em 29/11/2016
Código do texto: T5836713
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.