Carta a um legionário.
Carta a um legionário.
Meu caro poeta hoje tirei novamente um tempo para reviver o nosso velho tempo.
Revi os velhos sonhos, planos, desejos e ideologias que hoje tornaram-se distantes.
De tudo que acreditávamos ser tão certo.
Meu caro poeta hoje volto a cantar os ideais que nos era comum a toda geração perdida de meninos e meninas, filhos da sua revolução e que ironia meu querido éramos nós o futuro da nação, acho que ficamos só na Coca-cola entre outras…
Tuas questões atravessaram o tempo e se mantém vivas e ainda mais atualizadas e por um momento talvez acreditamos saber Que país é este? nos enganamos mais uma vez meu querido poeta ainda não tem como lhe dizer ao certo… Que país é este?
Fato é não somos nós os filhos da revolução e nosso futuro já chegou, infelizmente o que se tem apenas reprises do passado, acovardados no nosso medo de ter medo das próprias atitudes que aqui nos trouxeram e nos aprisiona nesta piada que somos cidadãos da corrupção.
Nosso país permanece sendo de assassinos, corruptos, covardes, estupradores e ladrões… Toda sua corja vivem inabalados na corte do poder e o vivemos? Estranhas repúblicas que nos separam, uma república de curitiba que ainda nos tenta dar dignidade e esperanças e a velha república de Brasília que conheces bem meu caro poeta, pois é ainda tua terra progenitora, louvado por não ter se contaminado na podridão que infecta sua boa terra e gente.
Meu caro poeta revendo suas canções e toda ideologia que acreditávamos ser tão certos… hoje só mostra céu ainda mais cinza e as tempestades apenas se formaram estão por vir.
Acreditamos ser livres, mas te confesso somos escravos de um neoliberalismo corrupto, imoral que teima ser intitulado país.
Pra terminar lhe confesso a esperança está dispersa, mas ainda tenho fé de ainda ver nossas crianças derrubarem estes falsos reis e aí sim poderemos dizer com toda nossa certeza Que país é este.
Meu querido poeta ainda saberemos.
O futuro da nação.
Maurício Cláudio
artc