ADEUS AO SOL

Desce o pássaro com sede do sol

para beijar o orvalho do jardim amarelo

e adiar a sua morte aqui pelo arrebol...

Mas sem matas, não tinha verde

sem verde não tinha água nem flor,

a vida então clamava a terra...

E a terra, sentindo imenso pavor.

O pássaro sem galho...

Pousou na fadada esperança,

pousado, voou nas asas dos sonhos

colheu pétalas de dor

viu a sua lagrima, se desfazer no ar

e fez o ninho em seu clamor.

É meu pássaro...

Quem me dera morar no sol

pousaria em planeta sem entrave

a onde não houvesse destruição

nem a maldade da humanidade.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 26/11/2016
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