ADEUS AO SOL
Desce o pássaro com sede do sol
para beijar o orvalho do jardim amarelo
e adiar a sua morte aqui pelo arrebol...
Mas sem matas, não tinha verde
sem verde não tinha água nem flor,
a vida então clamava a terra...
E a terra, sentindo imenso pavor.
O pássaro sem galho...
Pousou na fadada esperança,
pousado, voou nas asas dos sonhos
colheu pétalas de dor
viu a sua lagrima, se desfazer no ar
e fez o ninho em seu clamor.
É meu pássaro...
Quem me dera morar no sol
pousaria em planeta sem entrave
a onde não houvesse destruição
nem a maldade da humanidade.
Antonio Montes