SURPRESA
Uma cantiga de vento
Na fresta da janela.
Chove e não há surpresa
Hoje
Será amanhã?
Eu gosto de surpresa,
Aquela danada
bem inesperada
Fazendo pensar coisa séria,
De repente
Gosto de romã.
Quando na verdade é a beleza,
Sem quê nem por quê,
Chega e brinca
Do que chega com você
E faz o coração pular
de tanto de tanto, mas tanto bater
Faz arregaçar.
Espero que venha com o vento,
Com ele sempre chega o momento
E entra pela janela
Pela fresta dela
A beleza
Da surpresa
Fotografia
da natureza
A mostrar o que eu queria.
No vento, na latumia
Inesperada de um dia.
Dalva Molina Mansano.