Dona do jogo
Não escreveu nada nas redes sociais, não,
ela não é disso. Só aumentou a dose de café e cigarros,
se concentrou em frente ao espelho
percebeu que não havia nada pra ser concertado,
olhou pela janela e sorriu do ingênuo ao
ver que o que estava errado não
daria tempo de arrumar.
Calmaria por fora, gaita de fole por dentro.
A vida tem desses momentos.
Mas a essência daquela moça prevaleceu.
Ela é a serenidade que foi motivo de outras raivas,
É antiga paciência, sabedoria,
é permanência constante, intrigante,
Sossêgo de rio.
Já foi represa pra se mostrar grande, violenta,
devastadora.
Já foi funkeira, barraqueira, batuqueira e capoeira
Já foi ladeira ruim de subir, remédio ruim de
engolir.
Já foi causa e efeito, já entrou nos tapas, até mostrar os peitos,
Já foi temida, mas só queria respeito.
Hoje ela eliminou mais um personagem, de sua
Historia, simplesmente por não lhe fazer bem
Sem conselhos nem medo, sem duvidar nem remoçar,
sem insônia ou culpa, sem se desgastar por ninguém.
Ela não só faz parte do jogo mas é dona da bola.
Ela aprendeu a escrever também.