Dona do jogo

Não escreveu nada nas redes sociais, não,

ela não é disso. Só aumentou a dose de café e cigarros,

se concentrou em frente ao espelho

percebeu que não havia nada pra ser concertado,

olhou pela janela e sorriu do ingênuo ao

ver que o que estava errado não

daria tempo de arrumar.

Calmaria por fora, gaita de fole por dentro.

A vida tem desses momentos.

Mas a essência daquela moça prevaleceu.

Ela é a serenidade que foi motivo de outras raivas,

É antiga paciência, sabedoria,

é permanência constante, intrigante,

Sossêgo de rio.

Já foi represa pra se mostrar grande, violenta,

devastadora.

Já foi funkeira, barraqueira, batuqueira e capoeira

Já foi ladeira ruim de subir, remédio ruim de

engolir.

Já foi causa e efeito, já entrou nos tapas, até mostrar os peitos,

Já foi temida, mas só queria respeito.

Hoje ela eliminou mais um personagem, de sua

Historia, simplesmente por não lhe fazer bem

Sem conselhos nem medo, sem duvidar nem remoçar,

sem insônia ou culpa, sem se desgastar por ninguém.

Ela não só faz parte do jogo mas é dona da bola.

Ela aprendeu a escrever também.

Dan Teodoro
Enviado por Dan Teodoro em 25/11/2016
Reeditado em 01/12/2016
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