VONTADE

Quando dissipar-se minha vida

Feito a sucinta névoa da manhã,

Quando for clara a minha ida

E cerrado o meu amanhã,

Quero retornar–me às estrelas – minha casa!

Não me recordeis por entre lápides,

Mas içai vosso olhar ao firmamento

Estarei lá, pois, ardendo em brasa:

Serei estrela a esbanjar encantamento

Como o fazem também as pirâmides...

Brunno Gonçalves
Enviado por Brunno Gonçalves em 23/11/2016
Código do texto: T5832400
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