QUANDO O SOL APARECE
Antonieta Lopes
Após dias de chuva e nasce o astro
Mais sorridente e claro do que nunca,
Pelos ares com ele eu me alastro,
Banhando o palácio e a espelunca.
Cordial, reluzente aquece o mastro
Do navio, mas seu casco não trunca,
Do urso branco no gelo tira o emplastro,
E do condor afia a garra adunca.
É de Deus o alegre mensageiro
Na sua claridade inconteste
Desperta o mundo... chega ele primeiro.
Será, o sol? haverá quem te detese?
Alguém que salte num despenhadeiro,
Quando sorrís no céu de sul a leste?