QUANDO O SOL APARECE

Antonieta Lopes

Após dias de chuva e nasce o astro

Mais sorridente e claro do que nunca,

Pelos ares com ele eu me alastro,

Banhando o palácio e a espelunca.

Cordial, reluzente aquece o mastro

Do navio, mas seu casco não trunca,

Do urso branco no gelo tira o emplastro,

E do condor afia a garra adunca.

É de Deus o alegre mensageiro

Na sua claridade inconteste

Desperta o mundo... chega ele primeiro.

Será, o sol? haverá quem te detese?

Alguém que salte num despenhadeiro,

Quando sorrís no céu de sul a leste?

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 23/11/2016
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