* Súplica *
...E é justamente quando falo de amor,
Que me desprendo do fio que me liga a terra.
Solto céu, em que plaino por entre nuvens,
De algodão!
Onde o silêncio é mera coincidência da solidão.
Onde tudo se faz,
Onde o medo jaz....
Então vem!
Dê-me sua mão.
Solte-se por entremeios,
E entre meios, é nos meus braços que te fará porto e imensidão.
De válvulas,
Já não adianta usar o escape como fuga.
De todos os verbos,
O ficar é que se conjuga.
Então fique!
Parta-me ao meio.
Guarde-me em teu peito.
Feliz é o todo que te abrange,
Solte-se!
Em mim emane,
Teu cheiro de jasmim,
Fazei-me tua cor...
Rubra, Como o batom da mulher Espanhola.
Sou vermelho carmim.
E em mim,
Perca-se,
Ou encontre-se de vez....
( Patrícia Costa )