* Súplica *

...E é justamente quando falo de amor,

Que me desprendo do fio que me liga a terra.

Solto céu, em que plaino por entre nuvens,

De algodão!

Onde o silêncio é mera coincidência da solidão.

Onde tudo se faz,

Onde o medo jaz....

Então vem!

Dê-me sua mão.

Solte-se por entremeios,

E entre meios, é nos meus braços que te fará porto e imensidão.

De válvulas,

Já não adianta usar o escape como fuga.

De todos os verbos,

O ficar é que se conjuga.

Então fique!

Parta-me ao meio.

Guarde-me em teu peito.

Feliz é o todo que te abrange,

Solte-se!

Em mim emane,

Teu cheiro de jasmim,

Fazei-me tua cor...

Rubra, Como o batom da mulher Espanhola.

Sou vermelho carmim.

E em mim,

Perca-se,

Ou encontre-se de vez....

( Patrícia Costa )

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 22/11/2016
Código do texto: T5831532
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