CLARIANTE
(Socrates Di Lima)
Claro, clariante,
esta minha alma navegante.
E minha paciência ruminante,
Segue o amanha, doravante.
Estonteante o agravante,
Que me impedia de seguir adiante,
De repente, algo frustrante,
Olhar para traz como antes,
Ja não sou mais paciente,
Das tristezas bastantes,
e sentimentos atenuantes,
Que fazem-me um ser pujante.
Mas de querência ambulante,
No vai e vem do dia extenuante,
quisera ser um ser relevante,
Nas coisas que sou insinuante.
Ah! se claro, clariante,
Fosse a paixão gritante,
Que abafa o meu ser pensante,
Se o amor fosse pra mim um calmante.
Nada posso além do horizonte,
Pois o céu eh o meu limite restante,
Para buscar uma mulher errante,
Nos braços da solidão relutante.
Mas, folgo-me neste instante,
Ao sabe que em algum lugar importante,
Estará alguém remanescente,
De todo amor que tive e me foi reinante,
Enquanto amei de forma interessante,
Mesmo que instigante,
Espero amar enquanto posso amar uma amante.