CLARIANTE

(Socrates Di Lima)

Claro, clariante,

esta minha alma navegante.

E minha paciência ruminante,

Segue o amanha, doravante.

Estonteante o agravante,

Que me impedia de seguir adiante,

De repente, algo frustrante,

Olhar para traz como antes,

Ja não sou mais paciente,

Das tristezas bastantes,

e sentimentos atenuantes,

Que fazem-me um ser pujante.

Mas de querência ambulante,

No vai e vem do dia extenuante,

quisera ser um ser relevante,

Nas coisas que sou insinuante.

Ah! se claro, clariante,

Fosse a paixão gritante,

Que abafa o meu ser pensante,

Se o amor fosse pra mim um calmante.

Nada posso além do horizonte,

Pois o céu eh o meu limite restante,

Para buscar uma mulher errante,

Nos braços da solidão relutante.

Mas, folgo-me neste instante,

Ao sabe que em algum lugar importante,

Estará alguém remanescente,

De todo amor que tive e me foi reinante,

Enquanto amei de forma interessante,

Mesmo que instigante,

Espero amar enquanto posso amar uma amante.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 22/11/2016
Reeditado em 23/11/2016
Código do texto: T5831326
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