DINAMENE
já fui poeta caipira
chorando uma tragédia da roça
em versos de português inculto e rimado
de um sombrasil na televisão
já fui Bandeira
triste, auto-irônico, inteligente
em versos livres
contemplando uma vida inteira
que poderia ter sido e que não foi
já fui Vinícius
em uma elegia
também triste
e num soneto
Já fui Cecília
sim, Cecília
Belo poema de mãos quebradas
Já fui Drummond
embora
não tenha suportado o mundo
com a força do meu verso
...
Mas hoje esse ego de um poeta antigo
Que perde amigos, mas salva o esquema
Na ânsia de ver-se reconhecido
Transforma em um verso qualquer dilema
Sem pouco importar quem tenha sofrido
Quer apenas manter viva aquela cena
De inspiração pura mas não perene
Mesmo que morra a bela Dinamene
...
Tomara que logo
tudo se disperse
numa simples e direta Paulada,
de Leminski
.............
LINKS
Página Meu Legado:
https://www.facebook.com/photo/?fbid=450998865672932&set=ms.c.eJwFwYENADAIArCPFhRF~_P~_xtbNIbK2uw36zBaAcQEV~_ZhgGSw~-~-.bps.a.450998359006316
Blog Meu Legado:
https://leameulegado.blogspot.com/2019/08/dinamene.html