A casa da colina
Lá no alto está a afetuosa casinha
Dourada pelos raios de sol
Que escorrem sobre a colina
Seu pequeno portão de antigos arabescos
Vai direcionando através do velho caminho
À portinha ornamentada com linhas de roseiras.
E as flores de tons e cores intensas
Bordam os canteiros em traços livres
É o cair da tarde de primavera
Na charneca de doces quimeras
Onde o beija-flor embala na canção
Todos que inspiram afeição.
O cheiro fresco do bolo de laranja
Do pão de mel polvilhado de esmero
E do livro recém aberto sobre a mesa
À derramar açúcar de poesias e zelo
Seja bem vindo aos reais tesouros da vida!
Onde emana alegria e nobreza.
Na velha janela de pau a pique
Avista a poetisa no papel versejando
E o absorto violeiro tocando
Uma canção sobre o triunfo do amor
Ambos revelando a simplicidade da vida
E o quão adocicado é o seu sabor.