A Bailarina
Eis a cama para a fina dama
que desama a dúbia sina -
de ser mais do que resi´na
mais que pó que não se acama
pó de lima, só de lima.
Eis a lama que se afina
dessa pobre bailarina,
que com passo de menina
se alevanta e se ilumina.
Eis a própria Catalina
só beleza feminina,
que leveza de menina,
Que beleza de felina!
Eis a fama Catarina!
nessa trama que se ama
A triste sina:
De ser mais do que imagina,
estar só sobre esta cama
pela vida, pela esquina.
Eis a sorte bela vinha,
que o teu sonho se destina
a não sonhar, se se alucina.
maio,26de82.