Muitas vezes fujo da poesia,

cubro- a com sombras, panos,

esgano-a, torço suas letras,

ela resiste, germina em terra árida

no fundo d'alma e canta como nunca,

a ela ajoelho e faço preces

pois deixa-me inquieta,

está sempre dançando em vogais e consoantes

disformes, obtusas, arestas sem aparas

na ponta ressecada da caneta



21/11/16- Reeditado
Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 21/11/2016
Código do texto: T5830022
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