Vidas Findas em Congonhas

poema de Juliaura Bauer

Na sucursal do holocausto

O terror explode em terra

O horror vem pela tela

O pavor estala no ar

O fogaréu lambendo as almas

Na ante-sala do inferno

A angústia da espera da certeza

Uma réstia ainda acesa de esperança já sem fé

A agonia, a aflição, o desespero a dor

Ritmada por uma dor ainda maior

A formalidade do birô

A vexatória alegação do nada

A pessoa querida jaz morta

A pessoa em choque frente à tropa

Num frio saguão de embarque sem vôo

Uma ida sem vinda de vidas findas

Eu choro, eu choro, eu choro porque dói

Overmundo

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