Revoada...
Sopro da brisa no rosto
O caminhar do sol em meu corpo
O lamber da luz me conduz numa dança...
Passos que desconheço
No bailado da vida...
Em minha alma
Vivo para aprender
Que nada é definitivo...
A nuvem esconde o sol
E se não vejo a luz .... Ainda sinto o calor!
Se faz preciso eliminar a visão
Para enxergar o óbvio.
O milagre do tempo me renova...
Tenho as asas molhadas
Ao sair do casulo...
Mas ainda são asas!
Vou tentando um voou mais firme
Trôpega no meu querer alçar os céus...
Sustento minhas asas ainda molhadas
Mais ainda assim, asas!!
Compreendo minha fragilidade de ter....
Asas, feitas de papel
O vento me leva, flutuou a mercê,sem lutar...
Para me transformo em pleno voou
Em fênix brilhante
Nunca destruída, só levada a metamorfose...
Numa entrega de vida e morte, morte e vida, vida e...
Sem destino, a luz por vezes cega
O olho desprotegido
Então fecho os olhos e sinto
O sopro da brisa no rosto...