Terra do Nunca
O nunca é o excesso do finito...
A terra imagem esculpida pelos sonhos reais e infinitos...
Residências de almas e corpos celestes...
São muitos anos...
O cheiro de couro curtido e as relvas visitam meu sonho...
A principio medos e insônias dominavam meus principados humanos...
Mas o cansaço nina meu corpo e adormeço em cima do medo.
Os pelos curtidos das lontras e búfalos visitam meu cheiro e se misturam meus olhos fechados...
O odor forte das banhas e carnes secando ao luar límpidos de luz envolve meu corpo ereto no chão. Vento envolvente, cheiro de terra a madeira em galhos a queimar... em fileiras ao lado da fogueira...
A terra crescendo dos meus pés e o batismo...
Ave noturna...
Medicinas naturais descomunais fazem parte...
Campos negros da noite destilando verdes até mim...
E caminho por árvores e campos, a chuva enxuga meus poros das poeiras molhadas das outras terras diferentes desta.
E acordando pelas manhãs...
Sei que estou na terra do nunca...
Sem odores reais...
Somente a ilusão...