Terra do Nunca

O nunca é o excesso do finito...

A terra imagem esculpida pelos sonhos reais e infinitos...

Residências de almas e corpos celestes...

São muitos anos...

O cheiro de couro curtido e as relvas visitam meu sonho...

A principio medos e insônias dominavam meus principados humanos...

Mas o cansaço nina meu corpo e adormeço em cima do medo.

Os pelos curtidos das lontras e búfalos visitam meu cheiro e se misturam meus olhos fechados...

O odor forte das banhas e carnes secando ao luar límpidos de luz envolve meu corpo ereto no chão. Vento envolvente, cheiro de terra a madeira em galhos a queimar... em fileiras ao lado da fogueira...

A terra crescendo dos meus pés e o batismo...

Ave noturna...

Medicinas naturais descomunais fazem parte...

Campos negros da noite destilando verdes até mim...

E caminho por árvores e campos, a chuva enxuga meus poros das poeiras molhadas das outras terras diferentes desta.

E acordando pelas manhãs...

Sei que estou na terra do nunca...

Sem odores reais...

Somente a ilusão...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 20/11/2016
Código do texto: T5828941
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