Do Anel de Ouro
Não aprendeu ainda; talvez, um dia, aprenda;
e deixe de ser lenda; e, então, seja bem-vinda
uma mulher tão linda!...uma rosa...uma renda...
uma bela prenda que tão livre beleza brinda.
O gostar que destoa das cores que a paz pinta
não merece a tinta dessa pintora tão boa;
é remar a canoa quarta toda e na quinta
descobrir já extinta a navegada lagoa.
Então, não nessa vida! Quem sabe duas após
o eu aprenda ser nós; e no encontro decida
não encontrar despedida (nascedouro sem foz)...
ir ao belo tesouro sem, pela posse, triscar;
mas com ele anelar, ao dedo, anel de ouro...
compromisso vindouro que venha para brilhar.
Torre Três
19-11-2016