NO TEMPO DA QUILHA

A nau no silêncio das águas,

na calmaria que se fez do nada,

assim como noutro instante,

o mar já revolto espanta!

Mas não se perde a beleza do navegar,

a ânsia de um novo porto...Ancorar.

Terras novas a conhecer,

penso em alguém, penso em você.

Tempo vai tempo vem,

cada segundo que fica,

já se faz atrás, percebe a vida.

Clamo por você clamo por alguém.

Medo sem susto de terror,

medo pelo que se é,

ao que se vai...incógnita tão sofrida,

fazendo de nós ferida viva.

navegar com fé,

navegar com esperança,

ao que vale ao que se alcança,

navegar pelo que se é.

Percorrer,

andar

e chegar

aonde se pensa ser,

o começo de tudo por se ter!?

Vela ou motor,

na água tão linda,

quilha que rasga,

fazendo valer a viagem...transpassa.

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 19/11/2016
Código do texto: T5828594
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