NA MARRA
em um dia de sempre
em estado de boa
que é como fico
quando fico atoa
então ela veio
veio do nada
com pressa
de ir embora
mal mostrando a cara
sem dizer a que veio... mas veio
soltando vento pela venta
e sangue pela veia
emtão eu a peguei
pelo rabo
e a amarrei
no branco cheio de listras
de uma folha
e a escrevi
do jeito
que a vi
:
"você é minha!"
e chamei lhe
de "poesia"
mas ela é algo
que eu bem não
sei
agora
ela está aqui
cheia de letras...
...ela não é minha
ela é de ninguém
e estando aqui
ela é de quem
a queira
bem
ou até
mal... também