O FOLE
A musica qualquer que seja
em noite de farra no salão
a fumaça opaca que engasga
o bebericar da cerveja
as asas da imaginação.
O tic, tac... Tic, tac...
O pulsar de um coração
enquanto a dança marcada
com passos balanços, medição
dedilho de um compasso
choramingado de um violão.
Sertanejos olhos, são vesgos!
Eles se veem em seus espelho
e com dedos de suas mãos...
carinho ao sopro do realejo.
A sanfona nessa hora... É dona
edita passos e marcações
e o sanfoneiro...
Ajeita a gola puxa o fole
o pagode flutua pela pista
expelindo suor... Nada mole
mas tudo recomeça sem presas
com um pequeno gole.
Antonio Montes