O FOLE

A musica qualquer que seja

em noite de farra no salão

a fumaça opaca que engasga

o bebericar da cerveja

as asas da imaginação.

O tic, tac... Tic, tac...

O pulsar de um coração

enquanto a dança marcada

com passos balanços, medição

dedilho de um compasso

choramingado de um violão.

Sertanejos olhos, são vesgos!

Eles se veem em seus espelho

e com dedos de suas mãos...

carinho ao sopro do realejo.

A sanfona nessa hora... É dona

edita passos e marcações

e o sanfoneiro...

Ajeita a gola puxa o fole

o pagode flutua pela pista

expelindo suor... Nada mole

mas tudo recomeça sem presas

com um pequeno gole.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 14/11/2016
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